Julgue Um Livro Pela Capa: Corte de Espinhos e Rosas

12.5.16
(vamos fingir que eu não sumi e venho postando regularmente desde o último post, okay? ;P)
Antes que vocês atirem na minha cabeça, vou explicar, o Julgue Um Livro Pela Capa ali em cima foi, sim, intencional.
Sempre busquei formas de ser alternativa, e na literatura não foi diferente. Estava passeando pela livraria daqui da minha cidade e avistei uma bela capa cheia de espinhos e belas cores em tons de azul e roxo, mas não estava ali por causa daquele livro. "Não julgue um livro pela capa", foi a primeira coisa que pensei, e, pah, me veio a ideia.
Por que não julgar um livro pela capa?
Então, agarrei o livro, levei-o até o caixa e pronto, estava comprado. Eu o devorei sem ao menos ler a sinopse, e me apaixonei demais pelo livro. Cada vez mais, a ideia parecia deliciosa: Por que não julgar um livro pela capa?
E então, sim, comprei mais dois livros, apenas julgando-os pelas belas capas. Mas não é sobre esses que venho falar, e sim sobre o amorzinho que é Corte de Espinhos e Rosas, de Sarah J. Maas, minha quase xará e.e


Já que eu também não li a sinopse, ela não vai constar aqui. Se quiser Julgar Esse Livro Pela Capa, recomendo também que não leia minha resenha sobre ele, apenas o compre e o leia pela pura atração pela capa, como poderia fazer com qualquer outro livro nessa pequena "saga" de julgar livros.

A Capa


Por que não falar sobre quem me trouxe até esse maravilhoso livro?
A capa me chamou a atenção por estar sozinha num mar de livros cinza (sim, sim, a trilogia Cinquenta Tons De Cinza) e branco, enquanto eu procurava despretensiosamente por um livro para a minha amiga. Me apaixonei primeiro pelos espinhos, arte que desejava para a capa de um livro que estou escrevendo, e depois pelos pequenos detalhes.
As cores, flores, a névoa e a floresta ao fundo, a frase cativante abaixo: Ela roubou uma vida. Agora tem que pagar com o coração.
O título me deixou ligeiramente confusa no começo: era Corte do verbo cortar ou Corte da realeza? Mas logo que comecei a ler o livro, entendi.

Corte de Espinhos e Rosas

A história fala de Feyre, uma garota jovem num mundo pós-apocaliptico, dividido entre duas raças: os humanos e os feéricos. Feéricos são bestas, seres sobrenaturais que antigamente torturavam os humanos e os escravizavam. Mas, depois de uma grande guerra, o Tratado foi assinado e os feéricos cederam parte de suas terras aos humanos e foram proibidos de os escravizarem.
Feyre trás comida para suas duas irmãs e seu pai, que não trabalham (como em Jogos Vorazes, ela caça) e, certo dia, acaba matando um feérico acidentalmente, então é levada para o outro lado da muralha por uma besta, que mais tarde descobre ser Tamlin, um Grão-Feérico, ou seja, um feérico mais forte, e é obrigada a conviver com ele para o resto de sua vida para pagar a vida do feérico que assassinou.

 Eu ❤︎ Corte de Espinhos e Rosas

Acabei lendo Corte de Espinhos e Rosas bem mais rápido do que esperava; o livro pode ser grosso, mas as letras e as margens são grandes. Foi feito só para ter volume, mas confesso que o livro não seria o mesmo sem todas as suas páginas.
A história me engoliu completamente: Tamlin é perfeito. Os momentos de tensão entre ele e Feyre são quase tão excitantes quanto os momentos de paixão ardente. A história, sem dúvida, é uma daquelas que você fica repetindo na mente vezes e vezes de tão boa.
A escrita de Sarah é formal e fácil de entender, com apenas alguns erros de tradução (provavelmente da gráfica), e ela descreve esse mundo onde nada - nada, eu repito - é impossível com detalhismo admirável. Aliás, falando em um mundo onde nada é impossível, já sonhou em se banhar no Brilho das Estrelas? Pois sim, em Prythian, o reino feérico, isso é possível.
Acho que minha única reclamação é a duração dos momentos mais excitantes, tão curtos, tão pouco detalhistas. Não digo que eu poderia fazer melhor, mas, com certeza, a escrita desses pequenos momentos poderia conter bem mais sentimento.
Outra coisa que tem de ser citada aqui é a imprevisibilidade do livro: você nunca vai conseguir acertar o final. As reviravoltas são imensas e te dão um lindo e cordial tapa na cara. A história foi muito bem estruturada, os personagens são adoráveis e bem descritos, assim como os locais da grande Prythian.
Sarah coloca uma personalidade incrivelmente bem marcada em cada personagem, às vezes extremamente contraditória. Um exemplo é - o lindo, gostoso, maquiavélico e persuasivo - Rhysand, do qual não posso abrir a boca para falar sobre, ou estarei dando spoilers e.e

Capa vs. Capa

Aqui, vemos as duas capas de Corte de Espinhos e Rosas, a original e a - super lacradora e sambando na cara da antecessora - nacional. Sem comparação, né?


Se eu tivesse de julgar esse livro pela sua capa original, muito provavelmente não o compraria. Certo, eu nem sequer o notaria, mesmo que estivesse em super destaque em frente às prateleiras. Minha opinião sobre capas ilustradas? A não ser que a ilustração seja super realista (como em Prince Of Thorns), não faça. Sério, por favor.

Conclusão

Sem palavras, amei! Com certeza, recomendo demais! Minha primeira experiência com o Julgue Um Livro Pela Capa foi um completo sucesso, e já tenho mais livros comprados pela simples beleza da capa amontoados em minha cabeceira, esperando para serem lidos!

 
Developed by Michelly Melo. Edited by Sara M.